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Reunindo espécies de primatas que ocorrem no estado do Espírito Santo (Callicebus personatus, Sapajus robustus, Callithrix flaviceps, Callithrix geoffroyi, Brachyteles hypoxanthus, Alouatta guariba), com uma figura humana e o mapa do mundo em escalas não convencionais, a arte foi pensada de forma a instigar um olhar diferente para a representação de um evento científico. Essa arte rompe com símbolos coloniais de uma ciência predominantemente eurocêntrica e que reforçam a separação entre natureza e ser humano. O mapa em posição sul-norte assume a decolonizacão do conhecimento e a busca de uma identidade do sul global. Especificamente para a América do Sul, a posição invertida representa a Ñembyamérika, ou América do Sul, na língua indígena guarani, falada por mais de quatro milhões de pessoas. Assim, a logo traduz a proposta decolonial de reconhecimento e valorização do conhecimento produzido pela cultura de onde se faz morada.

Catarina Ferraz de Camargo Cibim, 24 anos, nascida no interior de São Paulo, bióloga formada pela UNESP - Rio Claro, educadora socioambiental e artista visual amadora.

Durante sua formação foi muito envolvida com a extensão universitária, atuando em escolas de Rio Claro com educação ambiental e sexual e em assentamentos da região com trabalhos em agroecologia e extensão rural. Desde criança carrega afinidade com artes através da pintura e da escrita, expressão que recentemente passou a se tornar parte profissional de sua rotina, agregando financeiramente através de encomendas de retratos, quadros e pinturas em murais.

Atualmente reside em Rio Claro, trabalhando com pesquisa em ecologia e com projetos pessoais de artes visuais.